Crea: Nova Friburgo deixou
'pela metade' obras contra deslizamentos
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de
Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, afirmou hoje (04/01) que as obras de
contenção de encostas e de prevenção de enchentes feitas em nova Friburgo não
são suficientes para evitar possíveis deslizamentos de terra e enchentes,
diante das fortes chuvas que atingem o município nos últimos dias.
"Lamentavelmente se confirma o que já prevíamos: há obras importantíssimas
e prioritárias que já foram feitas ou iniciadas e que estão pela metade.
Encontramos também áreas intensamente fragilizadas pela situação anterior, o
que faz com que elas se tornem mais sensíveis", disse.
Dez técnicos do Crea-RJ estiveram hoje em Nova Friburgo,
na região serrana fluminense, analisando as obras de reestruturação das regiões
atingidas pelas chuvas de janeiro do ano passado, quando mais de 400 pessoas
morreram em consequência das inundações e do deslizamento de encostas.
Para Guerreiro, muitos moradores voltaram a morar em
áreas consideradas de risco no município. "As pessoas estão com medo.
Algumas voltaram para onde moram porque não têm para onde ir, outras não se
sentem seguras para voltar."
Após a tragédia de janeiro do ano passado, a entidade
produziu um relatório com sugestões para minimizar os riscos de inundações e
deslizamentos em Nova Friburgo. Seis meses depois, coletou novos dados e
constatou que o município não se estruturou para diminuir o problema. De acordo
com o Crea-RJ, o resultado das novas inspeções deve ficar pronto amanhã (05/01).
Foto: Daniel Magalhães/AFP
Moradores utilizam uma ponte improvisada para cruzar uma estrada inundada no bairro Córrego Dantas, em Nova Friburgo
Tragédia na região
serrana
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 provocaram enchentes, deslizamentos de terra e mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas com tal intensidade - algumas estações registraram quase 300 mm de precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada 350 anos.
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 provocaram enchentes, deslizamentos de terra e mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas com tal intensidade - algumas estações registraram quase 300 mm de precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada 350 anos.
Créditos: Site Terra
