Forças de
segurança do Rio de Janeiro ameaçam entrar em greve.
Estimulados por movimentos grevistas de outros
Estados, policiais militares, polícia civil, bombeiros e defesa civil do Rio de
Janeiro planejam deflagrar movimento de greve para sensibilizar a sociedade e
mais uma vez o governador Sérgio Cabral, da importância em valorizar o setor de
segurança pública do Estado, que tem hoje, dentre os 27 Estados do Brasil, o
pior salário base, distante, inclusive, de Estados pobres e o Distrito Federal,
o que melhor remunera a categoria.
No início do mês, os líderes do movimento grevista da Polícia Militar do Rio de
Janeiro se reuniram para traçar suas reivindicações e estratégias. O
descontentamento da tropa se fortaleceu nas redes sociais e as associações de
militares tentam melhorar os salários e as condições de trabalho hoje
oferecidos pelo governo. Como estratégia para forçar o governador Sérgio Cabral
a ser flexível, os responsáveis pelo movimento defendem que a greve deve
acontecer pouco antes do começo do carnaval carioca, em fevereiro, julgando que
a necessidade de proteção durante a festa será fundamental para sensibilizar o
governo. A Polícia Civil também articula a paralização no mesmo período e para
isso deve manter apenas os plantões das delegacias de área a disposição da
população. Caso a greve seja deflagrada na semana do carnaval, os festejos
ficariam comprometidos pela falta de segurança e muitos eventos públicos correm
o risco de sair do calendário deste ano.
Os militares são impedidos pela Cosntituíção de praticar greve no Brasil, mas
sem outra forma de provocar a negociação de um problema que se arrasta há anos,
todos os setores da Polícia Militar, Bombeiro Militar e Defesa Civil devem
decidir em assembléia se param a partir do dia 13 de fevereiro. A Polícia
Civil, que tem sindicatos atuantes, pretende se unir aos grevistas. O governo
do Estado não aceita a idéia da greve e se sentindo ameaçado pelo movimento
antecipou um reajuste de 22% para os policiais, além de reduzir os critérios de
tempo para promoções, mas a tentativa do governo em acalmar os ânimos dos
militares acabou dando mais força aos grevistas, que tiveram a inspiração para
promover a greve, depois da mobilização dos policiais civis e militares do
Ceará, que tiveram seus pedidos atendidos após entrarem em greve
simultaneamente.. A categoria reclama que o pagamento do abono, que foi
liberado depois da campanha salarial do início do ano, não atende a todos, já
que os aposentados não são beneficiados com este aumento. A corporação pede um
piso salarial de R$ 2 mil.
Fonte: Folha Popular/Alex Oliveira