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domingo, 24 de março de 2013

MP/RJ deu prazo para obras em Nova Friburgo, mas prefeitura recorreu.




Enquanto Japão mostra poder de recuperação dois anos após catástrofe, a recente tragédia na cidade vizinha de Petrópolis revela a dificuldade das autoridades de colocar em prática pelo menos o mínimo de respeito para com a população que vive em desespero por conta de tragédias anunciadas.

Em Nova Friburgo, por exemplo, depois das 451 mortes ocorridas em janeiro de 2011, foram iniciadas obras de contenção em apenas 11 encostas da cidade. E apenas três estão prontas — o que representa 1,2% do total de 250 intervenções desse tipo consideradas necessárias, segundo levantamento feito pela Secretaria estadual de Obras, em parceria com a Geo-Rio e a empresa Geomecânica, logo após a tragédia de 2011.

Em 11 de março de 2011, um terremoto seguido de um tsunami deixou quase 16 mil mortos na costa nordeste do Japão. Além das mortes, o fenômeno deixou um rastro de destruição sem precedentes nas cidades litorâneas, mas ao contrário de Friburgo, Petrópolis, Sapucaia e tantas outras cidades, o poder de reconstrução do país em dois anos após a catástrofe é impressionante.

No mês passado, a juíza da 1ª Vara Cível de Nova Friburgo, Paula Gonzalez Teles, deu à prefeitura o prazo de 180 dias para executar o serviço no Vilage, mas, o município entrou com recurso tentando derrubar a decisão.

Na ação o Ministério Público critica o fato de que, das oito empreitadas sob responsabilidade do estado já contratadas com dispensa de licitação desde 2011, algumas sequer começaram.

Em nota, a Secretaria estadual de Obras informou que as obras contratadas em 2011 com dispensa de licitação já foram concluídas. E acrescentou que realiza intervenções em encostas em São Jorge, Floresta e Jardinlândia. 
Para Edson Lisboa, secretário municipal de Gerenciamento de Projetos e Convênios, há cinco obras em curso com verba do Ministério das Cidades e outras três, de grandes proporções, sendo feitas pelo governo do estado. 

Fonte e foto: Folha Popular