Vereador tenta contestar legalidade da
medida para fugir do conselho de ética
Na tarde da última segunda-feira, dia
28 de maio, durante a reunião ordinária do Legislativo Municipal, duas novas
representações foram apresentadas à presidência da Casa Legislativa contra o
vereador Wellington da Silva Júnior, por quebra de decoro parlamentar. A
primeira representação foi protocolada na tarde de quinta-feira, 21 de maio, e
é assinada pela jornalista Marília Rosestolato. Marília se embasa no Código de
Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Além Paraíba, Resolução 004
de 22 de março de 2005. Na representação, a jornalista destaca que
“ao deixar de denunciar fatos ilegais envolvendo o Governo de Além Paraíba, e
dos quais tinha pleno conhecimento”, o vereador Wellington feriu o Artigo 4,
Item 5, do Código de Ética e Decoro Parlamentar, que diz ser ato contrário à
ética e ao decoro parlamentar “ Deixar de comunicar e denunciar, da
Tribuna da Câmara Municipal ou por outras formas condizentes com a Lei, todo e
qualquer ato ilícito civil, penal ou administrativo ocorrido no âmbito da
administração pública, de que vier a tomar conhecimento”.
Com argumentos semelhantes, na
sexta-feira, 23 de maio, foi protocolada outra representação contra o vereador
Wellington Júnior, apresentada pelo ex-funcionário da Prefeitura, Wesley Dias
de Oliveira, o “Pindura”. Wellington, que recentemente escapou ileso de
uma representação de “falta de decoro parlamentar” manifestou a sua
contrariedade em plenário ao ouvir os novos pedidos de investigação de
sua conduta. Segundo ele, a Comissão de Ética já o havia absolvido da denúncia
de ter entregado uma cópia da página do livro que relatava a saída dos pneus da
Secretaria de Saúde e que não seriam admissíveis as novas representações,
pelo fato de “já terem decorridos mais de 60 dias da denúncia inicial”.
Porém, as duas novas representações já não mais se atêm à denúncia da
jornalista Marília Rosestolato no dia 12 de dezembro, em reunião do Legislativo
Municipal, ocasião em que ela afirmou publicamente que quem lhe repassara a
cópia da folha tinha sido Wellington Júnior. Desta vez, Marília e “Pindura”
querem que a Comissão de Ética, com base nas inúmeras denúncias de
irregularidades feitas pelo vereador— e que culminaram no grande escândalo
político envolvendo o governo municipal— volte a julgar o comportamento de Wellington
Júnior pelo ponto de vista da omissão do parlamentar municipal enquanto agente
fiscalizador das ações ilícitas, as quais ele demonstrou ter conhecimento ao
fazer os seus relatos a distintas pessoas.
Fonte:
Venilton Ribeiro/Carlos Roberto Banjo/Rádio Mix
Foto: Arquivo
O vereador Wellington