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quinta-feira, 24 de maio de 2012

CPI de Além Paraíba trouxe novas e importantes revelações.

A Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada pela Câmara de Vereadores de Além Paraíba para apurar denúncias de irregularidades na administração municipal voltou a se reunir na terça-feira, dia 22, na sede do legislativo municipal.  Sete pessoas foram convocadas para prestar depoimentos e todas compareceram, colaborando muito para o desenvolvimento das apurações. 
             
Foram ouvidos os depoimentos da funcionária de carreira Maria Cristina Torres da Silva, do empresário Adauto Caçador, da jornalista Marília Rosestolato, dos vigias da prefeitura Marcelo Marques Thomás e Anderson Santos, do Coordenador de Transporte da Secretaria de Saúde, Welber Salvador Zoffolli e do ex-funcionário Wesley Oliveira, conhecido como Pindura.
Os depoimentos de Maria Cristina, Adauto e de Welber Salvador Zóffolli pouco acrescentaram às investigações. O vigia Marcelo informou que o livro de ocorrências em que foi registrada a saída dos 38 pneus no ano passado está desaparecido. Já o vigia Anderson Santos, suspeito de ter sido a pessoa que teria arrancado à folha do livro e distribuído cópias a um vereador, no pátio da faculdade, negou qualquer envolvimento com o caso. Mas os depoimentos mais marcantes foram os prestados pela jornalista Marília Rosestolato e pelo ex-funcionário Wesley Oliveira, o Pindura.

Marília contou nos mínimos detalhes como as denúncias chegaram até ela, através do vereador Wellington Júnior, e de como ela procedeu. Segundo a jornalista o vereador apresentou uma série de denúncias, entre elas o envolvimento do ex-secretário de obras Ocimar de Castro Neto em desvio de recursos públicos e o caso dos pneus. Marília afirmou mais uma vez que foi Wellington quem lhe entregou a cópia da folha do livro de ocorrências em que foi registrada a saída dos 38 pneus do depósito da prefeitura. Disse também a depoente que quando foi ouvida pela polícia pediu que fosse quebrado seu sigilo telefônico para que as conversas mantidas com Wellington fossem tornadas públicas. O depoimento de Marília complica ainda mais a a situação do vereador Wellington que há poucos dias conseguiu ter uma representação contra ele arquivada pelo Conselho de Ética.

O ex-funcionário Wesley Oliveira, o Pindura, levou vários documentos para justificar sua participação na retirada dos 38 pneus e provou que todas as suas ações foram autorizadas pelo prefeito Wolney Freitas e pela secretária de Administração Vânia Freitas. O depoente apresentou algumas comunicações internas enviadas a seus superiores tratando do assunto. Pindura também isentou o secretário municipal de Saúde, Dr. Ailton Regazio de qualquer envolvimento com eventuais irregularidades, afirmando que o secretário só tomou atitudes autorizadas pelo prefeito e pela secretária de Administração. O ex-funcionário apresentou uma nova denúncia sobre o conserto de um caminhão-pipa que estava a serviço da prefeitura de forma irregular. Segundo Pindura, a remoção do caminhão de um buraco onde tinha caído foi feita por uma empresa que presta serviço de guincho e levado para Muriaé. Ocorre que o faturamento do serviço foi feito como se fosse reparos em uma motoniveladora (Patrol). Pindura apresentou fotos e documentos para comprovar o que disse. O fato é que, depois destes depoimentos, passa a ser inevitável que a CPI convoque o vereador Wellington, a secretária Vânia e o prefeito Wolney Freitas para que prestem esclarecimentos. A população espera que tudo seja esclarecido e que os culpados sejam exemplarmente punidos, inclusive com a perda dos direito políticos.

Fonte: Venilton Ribeiro/Carlos Roberto Banjo/Rádio Mix