Governo
suspende licitação de construção de casa de custódia no Carmo.
O certame que
definiria as empresas construtoras que transformariam a fazenda do antigo
hospital colônia Teixeira Brandão, no Carmo- que no passado abrigava os
pacientes psiquiátricos do Rio de Janeiro e seria transformado em Casa de
Custódia do sistema penitenciário do Estado- foi suspenso um dia antes de acontecer,
em 26 de janeiro. Dezessete construtoras retiraram cópia do Edital Público e
vistoriaram o local das obras, mas sem motivo aparente ou justificado, o
processo foi suspenso e trouxe suspeitas de favorecimento à empresas
previamente escolhidas. Quem levanta a hipótese é o sócio de uma das
construtoras que disputaria um dos blocos da licitação e estranhou o
cancelamento apenas 24 horas antes da abertura dos envelopes. Para ele, o
grande número de concorrentes surpreendeu um possível esquema de favorecimento
e dificilmente os preços ficariam dentro dos parâmetros desejados por quem
comanda o sistema.
- “Dificilmente nossa empresa vencerá a licitação, pois agora eles (o governo) farão refinamentos nos critérios da seletiva e tudo será direcionado para as construtoras tradicionais e isso é péssimo para o processo e para as contas do Estado, mas vamos perseverar”, contou o engenheiro, que preferiu não ter o nome divulgado.
Procurado para esclarecer os reais motivos que levaram ao cancelamento da licitação, o setor de comunicação do Governo do Estado não respondeu aos nossos pedidos de informações. O valor estimado para a elaboração de projeto e execução de obra de construção da cadeia pública de Carmo é de R$ 22.750.455,72 e o prazo para a entrega de 180 dias.
Fonte: Agência Serra