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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Destinação de lixo de Cantagalo – RJ serve como modelo para o resto do País.

Considerado um exemplo no tratamento e destinação do lixo urbano, Cantagalo poderá servir de modelo para projeto a ser implantado pelo Ministério do Meio Ambiente em todo o País. A informação foi passada no último dia 17 de fevereiro, quando o secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos, Nabil Bonduki, esteve visitando não só a usina de reciclagem e compostagem de lixo da Prefeitura de Cantagalo, mas, também, a fábrica de cimento Mauá, do Grupo Lafarge, que, através de parceria com a Prefeitura, está desenvolvendo, desde o início de 2009, um programa inédito no País para coprocessamento, nos altos fornos de cimento, de boa parte do resíduo urbano coletado diariamente. Cantagalo é o primeiro município no Brasil a utilizar esse processo, o que tem chamado a atenção pela simplicidade e, ao mesmo tempo, garantia de eliminação total do lixo, deixando apenas para o aterro sanitário o rejeito, já que outra parte é reciclada pela própria usina de lixo do município.
O prefeito Guga de Paula (PP) recebeu Nabil Bonduki na Prefeitura para uma conversa sobre o projeto. Também participaram do encontro o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Chico Ismério; o gerente da Lafarge em Cantagalo, Marcelo Moreira; e o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Mário Willian Esper, entre outros.
"Estamos desenvolvendo um programa para disseminar a prática do município de Cantagalo pelo resto do País, principalmente pelo fato de a grande maioria dos municípios brasileiros serem do tamanho ou um pouco maiores que Cantagalo, o que nos dá uma margem muito boa de comparação. Se dá certo aqui, porque não em outras cidades. O bom exemplo deve ser seguido" destacou Nabil Bonduki. Segundo ele, o fato de a usina de lixo de Cantagalo ser muito simples, mas extremamente operacional e funcional, é mais um ponto positivo. “Fica mais fácil ainda de levarmos esta experiência para o resto do Brasil. O fato de ser de baixo custo será uma ferramenta ainda mais positiva para o programa”, completou.
O prefeito Guga de Paula aproveitou para explicar que o município ainda não conta com coleta seletiva, mas, mesmo assim, os resultados têm sido altamente positivos. “O lixo ainda não é separado em casa, mas, antes de chegar ao aterro sanitário, todo lixo coletado passa pela usina, onde é separado entre orgânico e reciclável. Hoje, boa parte já é destinada ao coprocessamento na Lafarge, restando uma quantidade muito mínima para o aterro sanitário. Nosso objetivo é chegar a aterro zero”, afirmou.
O secretário Chico Ismério explicou que, quando separado, a parte orgânica do lixo passa por um processo de maturação, trituração e é, então, armazenado em baias de compostagem. Esse material se transforma em adubo, que é distribuído gratuitamente, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, para os produtores rurais. Segundo o secretário Chico Ismério, até chegar a virar adubo, o lixo orgânico fica nas baias, numa espécie de fermentação, entre 90 e 120 dias. “É deste lixo que utilizamos parte para adubo e parte, chamada de rejeito, para eliminação nos fornos de cimento através do coprocessamento”, acrescentou, informando, ainda, que outra parte do lixo não aproveitado na reciclagem, chamada de “rejeito de esteira”, alusão à esteira onde são separados os materiais, também são triturados e destinados ao coprocessamento nos fornos de cimento.
Fonte: Gilmar Marques