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sexta-feira, 12 de abril de 2013

ANTT autoriza obras de duplicação da pista de subida da Serra de Petrópolis.



 

As obras de duplicação da subida da Serra de Petrópolis, finalmente, devem sair do papel e começar no primeiro semestre de 2014. A autorização formal para que as obras comecem deverá ser dada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre o fim deste mês e o início de maio durante uma audiência pública. No projeto, que está engavetado há três anos, a agência já teria autorizado a obra no trecho que liga a praça do pedágio de Xerém ao Belvedere do Grinfo. A polêmica envolvendo o túnel de cinco quilômetros – se será ou não construído entre o Belvedere e Petrópolis – será esclarecida somente na audiência.

Questionada sobre o assunto, a Concer – concessionária que administra a via – informou que não tem “nada oficial a respeito ainda”. A ANTT, responsável pela fiscalização de concessões de rodovias federais, também não respondeu.

Em março, a presidente Dilma Rouseff decidiu dar o pontapé inicial para o começo das obras, não só na BR-040 como também nas outras rodovias federais do Rio, concedidas nos anos 1990 para a iniciativa privada e administradas pela CCR – a Via Dutra e a Ponte Rio-Niterói. De acordo com o deputado Hugo Leal (PSC), ao contrário do que vem sendo divulgado, ficou acordado pela presidente que o governo federal não investirá recursos para as obras neste primeiro momento e sim apenas ao fim da concessão, em 2021.

- A Concer vai começar a obra e sem nenhum dinheiro do governo federal. Quando chegar em 2021 é que vai ser discutido se o governo tem algo a remunerar ou não. Não é o governo que vai investir esse valor. A concessionária já tinha que ter feito as obras e por isso a presidente deu uma ordem para que elas começassem. Ela não deu a prorrogação do contrato que elas (Concer e CCR) queriam, nem o aumento do pedágio – explicou Leal.

Em Petrópolis, as intervenções trarão benefícios não só para os motoristas, como também para o turismo e a economia da cidade. Prevista no contrato de concessão, a nova pista na subida da Serra será construída entre os quilômetros 102, em Duque de Caxias, e 82, em Petrópolis. A obra deve durar aproximadamente três anos. Atendendo a uma reivindicação antiga, a praça de pedágio do quilômetro 104 será levada para o 102. 

Outras obras
Na Dutra, segundo a CCR, as marginais do trecho Baixada serão estendidas até o quilômetro 182, em Nova Iguaçu, em ambos os sentidos. Será colocada iluminação pública, hoje inexistente, entre os quilômetros 163, no Trevo das Margaridas, e o 185, em Nova Iguaçu. Está prevista ainda a duplicação da pista de descida da Serra das Araras, que estava prevista em seu projeto original. A CCR termina o projeto executivo da construção até outubro. 
Na Ponte Rio-Niterói, estão previstos recursos para que a CCR conclua o mergulhão que sairá da Praça Renascença e dará acesso à ponte por Niterói.

Derrota das concessionárias
A decisão da presidente Dilma Rousseff em indenizar as concessionárias foi uma derrota para os grupos CCR e Concer, numa queda de braço que se estendia há anos entre o governo e as empresas. As concessionárias tinham interesse em serem recompensadas pelas obras por meio da prorrogação dos contratos — para, com isso, também prorrogarem os altos lucros que a exploração das rodovias trazem. 

Na reunião com o Grupo CCR, em março passado, a presidente Dilma Rousseff reforçou que não haveria prorrogação. O mesmo foi informado à Concer. A presidente cobrou que as obras sejam feitas dentro do prazo.

Fonte: Folha Popular