Entre os trechos mais perigosos está o quilômetro 96 da subida da serra, conhecido por acidentes com caminhões.
Balanço divulgado na última semana pela Polícia Rodoviária Federal
revela números alarmantes: só nos primeiros seis meses deste ano foram
registrados na Rodovia BR 040, no trecho entre Areal e Xerém, 540
acidentes. O dado faz parte da estatística parcial da PRF. As maiores
incidências de casos continuam concentradas nos kms 96 da pista de
subida e 92 da descida da serra.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, são três os fatores
responsáveis pela maioria dos acidentes: falta de descanso, excesso de
velocidade e falta de manutenção dos veículos. No caso dos veículos de
carga, como caminhões e carretas, muitos motoristas preferem dormir
pouco e acelerar para garantir a entrega da carga dentro do prazo.
Além disso, com essa agilidade conseguem um maior número de cargas e os acidentes são as consequências da pressa.
A maioria dos acidentes, de acordo com o inspetor Reis, da PRF,
envolveu veículos de pequeno porte, como os carros, por exemplo. “Por
dia registramos uma média de três acidentes, a maioria sem gravidade,
são saídas de pista ou pequenas derrapagens. A chuva e o traçado da
estrada contribuem para o aumento do número de casos, mas a imprudência é
o principal fator”, destaca Reis.
Por outro lado, motoristas habituados a passar diariamente pela
rodovia afirmam que a falta de sinalização e má conservação da rodovia
também contribuem para a ocorrência de acidentes. “Concordo que muitos
abusam, porém, é evidente que falta manutenção da via e existe óleo
espalhado em vários trechos. Isso pode ser verificado diariamente”,
disse o motorista Carlos Alberto Martins, de 46 anos. Contador, ele sobe
e desce a serra de duas a três vezes por semana e já presenciou
diferentes casos.
Outro ponto preocupante da rodovia fica na altura do km 78, onde
entre os meses de janeiro e junho ocorreram 24 acidentes. Desses, oito
foram registrados no mês de junho. Entre eles se destaca o capotamento
do carro onde viajava uma família. Uma mulher de 23 anos morreu na hora
enquanto o marido e o filho foram levados para o hospital.
Já no km 96 da pista de subida da serra, a maioria dos acidentes
envolveu veículos de carga. Como exemplo está o tombamento de uma
carreta de combustível que pegou fogo. Outro acidente que chamou atenção
ocorreu em março e envolveu uma carreta carregada com 20 toneladas de
cimento. Em maio foi a vez de uma carreta carregada com farinha de
trigo, a qual deixou o trecho do km-96 em meia pista por quase 24 horas.
Ainda no mês de junho, na altura de Pedro do Rio, dois pilotos de
moto morreram, depois que os veículos que dirigiam bateram no guard
rail. Num dos casos, o piloto estava em alta velocidade e peritos
chegaram a constatar que o velocímetro havia parado na marca de 200km/h.
O estudo ainda está sendo concluído pela Polícia Rodoviária Federal e
irá mostrar ainda o número de vítimas e a quantidade de acidentes por
quilômetros, assim como o tipo de cada um deles, ou seja, diferenciando
tombamentos, colisões e choques.
Fonte: E-tribuna
Foto Meramente Ilustrativa