As 08h51m da manhã do dia
19 de julho Megg Anne Costa de Moraes, diretora executiva do Jornal Jamapará em
Foco, grávida de nove meses, deu entrada no Hospital São Salvador em Além
Paraíba sentindo fortes dores. Ela foi encaminhada a um quarto da maternidade
onde ficou sentada em uma cadeira por mais de uma hora sem nenhum tipo de
atendimento. Quando foi atendida, a Dra Lia Simão Matos examinou-a fazendo o
toque e constatando que o bebê já estava encaixado, mas liberou a paciente
dizendo que ainda não estava na hora. Megg foi então para casa, mas, logo em
seguida teve de ser novamente levada para o HSS já que as dores pioraram.
Chegando ao Hospital, a
auxiliar de enfermagem, Maria Aparecida de Oliveira perguntou a paciente pelos
seus exames. Megg disse a auxiliar de enfermagem que os mesmos se encontravam
na recepção do Hospital com seu companheiro, Luciano José Louredo (Douradão),
gerente administrativo do Jornal Jamapará em Foco. Segundo a diretora deste
periódico, Maria Aparecida então com cara de nojo para a paciente perguntou “E
ai?”. A paciente então, mesmo passando muito mal, e chorando muito foi andando
a recepção para pegar os exames. Sendo que na verdade os exames tinham sido
esquecidos em casa por causa da correria.
A chefa do setor de
enfermagem, de nome Mariana, foi chamada pelo “Douradão”, que exigiu que Megg
fosse levada para um lugar decente, ficando deitada em uma cama e recebendo
atendimento médico adequado, enquanto ele iria até Vila Caxias pegar os exames
da paciente. E reclamou sobre o tratamento dado pela auxiliar de enfermagem. Maria
Aparecida de Oliveira então entrou no quarto onde a paciente estava acomodada e
questionou-a pela reclamação que havia feito, mesmo estando esta, em estado
vulnerável, com fortes dores, sangramento e demais sintomas do trabalho de
parto. O fato se passou na frente da Chefa de enfermagem Mariana, que disse
então que deve ter sido um mal entendido.
Luciano Douradão foi até a
recepção do HSS e perguntou qual o médico ou médica que atenderia a paciente,
sendo informado que seria de responsabilidade da Drª Lia, que “já estava
chegando”. Quatro horas se passaram sem nenhum atendimento médico e a paciente
só piorava, sentindo cada vez mais dores e perdendo pequena quantidade de
líquido e sangue. Desesperado com medo do pior acontecer com sua companheira
Megg e com seu filho Leonardo, Douradão ligou para os vereadores Betão e
Reginaldo da Regisom pedindo ajuda. Os mesmos ligaram então para o HSS pedindo
providências. Mesmo assim Megg continuou sem atendimento, obrigando o gerente
administrativo do Jornal Jamapará em Foco chamar a polícia militar de Além
Paraíba. Rapidamente funcionários do HSS ligaram para médica comunicando a
polícia havia sido chamada e a Dr. Lia apareceu como num passe de mágica para
atender a paciente. Um policial militar que compareceu ao Hospital, foi
conversar com médica, que mentiu, dizendo que não havia liberado a paciente na
parte da manhã, mas foi desmentida imediatamente pela mãe da Megg que estava
perto do local. A paciente ainda pode ouvir pouco antes do parto, quando ainda
estava no soro, comentários entre enfermeiras e a médica, criticando a atitude
de chamar a polícia militar.
Apesar disso, o parto foi
um sucesso e logo no dia seguinte, mãe e filho foram liberados e já estão em
casa.
No final da tarde do dia do
parto, a Chefa do Setor de Enfermagem Juliana Mariano disse a Viviane Costa,
irmã da paciente que não podia deixar ela ver o sobrinho por que estava fora do
horário, insinuando que a atitude havia sido tomada porque, segundo Juliana, o
companheiro de Megg “estava desde cedo arrumando confusão no Hospital”. O que
também não passa de uma grande mentira, já que Luciano Douradão, apenas exigia
com muita educação, atendimento adequado, mas se viu obrigado a tomar
providências mais enérgicas chamando a polícia. Infelizmente, somente após
chamar a polícia às coisas andaram.
Logo em seguida, Douradão
encontrou com o Dr. Rafael, provedor do HSS e contou pra ele tudo que havia
acontecido. Ele pediu desculpas e disse ao gerente administrativo do Jornal
Jamapará em Foco que é muito difícil lidar com pessoas.
Esta é a realidade do
atendimento do SUS em Além Paraíba. Pessoas que deveriam ter pelo menos
educação e sensibilidade agem com ignorância e irresponsabilidade. Além da
ausência de médicos capacitados para atenderem com dignidade aos pacientes. O
HSS tem sido alvo de inúmeras críticas e temos relatos de pacientes acusando o
Hospital de omissão de socorro e descaso. Existem até denúncias de crianças que
morrem ou nascem com problemas respiratórios e outros, por conta do péssimo
atendimento, isso, quando tem atendimento.
AUTORIDADES – PROVIDÊNCIAS JÁ!
Reportagem: Luciano José Louredo (Douradão)