Justiça
impede entrada em operação da Usina Hidrelétrica de Simplício.
A 1ª Vara Federal em Três Rios impediu que a empresa Eletrobras
Furnas iniciasse a operação do Complexo Hidrelétrico de Anta/Simplício, no Rio
Paraíba do Sul, na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. Segundo nota
divulgada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, a Justiça atendeu
a um pedido dos ministérios públicos Federal e Estadual.
Segundo
o Ministério Público (MP), apesar de Furnas já ter conseguido a licença de
operação no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), o sistema de coleta e tratamento de esgoto para os moradores dos
distritos de Anta (RJ) e Chiador (MG) ainda não foi concluído. O item é
obrigatório para que a usina entre em funcionamento.
De
acordo com o MP, estudos apontam que a usina acarretará “graves prejuízos ao
meio ambiente, à população e à economia local, devido ao redirecionamento de
76% das águas do Rio Paraíba do Sul, por meio de túneis e lagos, para a geração
de energia elétrica”.
O
Ministério Público destaca ainda que, “segundo os estudos, “esse
redirecionamento provocará poluição e redução da vazão do rio em Sapucaia, no
distrito de Anta e em Chiador, localidades que captam água do Paraíba do Sul
para abastecimento público e despejo de esgoto”.
O
MP informa que a “decisão do juiz Federal Caio Márcio Gutterres Taranto
estabelece o período de 72 horas para Furnas apresentar o cronograma de
implantação da hidrelétrica com os prazos, inclusive, de conclusão das obras
condicionantes”. O Complexo de Simplício terá capacidade instalada para
produzir 333,7 megawatts (MW) de energia.
Fonte: Agência Rio
Foto: Furnas Centrais Elétricas
Foto aérea da usina de Simplicio