Mais um crime bárbaro aconteceu em Além Paraíba na madrugada do último domingo, 30 de novembro. R.A.D., aparentando 27 anos, natural da cidade de Carmo (RJ) foi assassinado com três golpes de faca, na Rua Coronel Oscar Cortes, próximo à linha férrea, bem no centro da cidade.
A Polícia Militar foi acionada por um vigilante patrimonial que trabalhava nas imediações, e que havia sido avisado por uma senhora, não identificada, sobre o fato. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o corpo de Rafael, ensanguentado, caído ao solo, com várias perfurações e já sem vida. Os policiais acionaram a equipe do SAMU, que constatou o óbito. O local foi isolado até a chegada da perita da Polícia Civil Lívia Campos Machado Goulart, que compareceu ao local do crime acompanhada do Delegado de Polícia Civil, Dr. Rodrigo Bustamante. Após a realização dos trabalhos da Polícia Civil o corpo foi liberado para que a empresa de serviços funerários Plan Minas, removesse o cadáver.
Segundo informações, a vítima tinha mais de 20 passagens pela Polícia, relacionadas a furtos e drogas.
No mesmo dia do crime, após o fechamento do registro do homicídio, a Polícia Militar passou a averiguar as diversas denúncias anônimas referentes à autoria do homicídio. Uma destas denúncias dizia que um indivíduo de cor morena, 1,70 de altura, trajando camisa preta e amarela, mochila azul marinho e usando boné seria o autor do homicídio, e ainda, que a faca utilizada estaria dentro de sua mochila. Em posse dessas informações a Polícia localizou o indivíduo suspeito próximo a Ponte Engenheiro Armando Godoy e ao realizar busca pessoal, encontrou no interior da mochila uma faca inoxidável de aproximadamente 25 cm de comprimento e suja de sangue.
Durante um interrogatório, o suspeito P.C.C., que não é de Além Paraíba, confirmou que a faca foi usada no homicídio, mas, não assumiu a autoria do crime. Segundo a polícia, o homem, após entrar em contradição por várias vezes, disse que havia chegado à cidade no dia 29 de novembro, e que se encontrava próximo a um Supermercado na Ilha do Lazareto momentos antes do crime. Ainda segundo o suspeito, ele foi em direção à linha do trem e quando chegou a uma parte escura viu que cinco pessoas estavam agredindo um homem que se encontrava caído ao solo. O suspeito disse ainda a polícia, que reconhece pelo menos dois autores e que os mesmos disseram que se ele falasse alguma coisa sobre o homicídio seria morto. O suspeito afirmou ainda que logo em seguida os agressores fugiram e jogaram a tal faca encontrada com ele no meio de um mato, e que ele apenas pegou a faca e guardou. No depoimento o homem disse que após o fato, se dirigiu até a Rua Adão Araújo, onde pernoitou em uma galeria.
Em uma das vezes que o suspeito entrou em contradição, ele disse que estava em uma lanchonete na Ilha do Lazareto durante a noite, e que, antes de ocorrer o crime, fez uso de cocaína com outro indivíduo. P.C.C. afirmou também que os autores e a vítima estavam juntos em um terreno também localizado na Ilha do Lazareto. O suspeito entregou os nomes dos dois homens que dizia conhecer, porém, eles não foram encontrados até o momento.
P.C.C. recebeu então voz de prisão em flagrante delito, foi conduzido ao Hospital São Salvador e encaminhado a Delegacia de Polícia Civil de Leopoldina, onde, segundo informações, foi solto por falta de provas.
Reportagem: Jornal Jamapará em Foco
Legenda da Foto: A faca encontrada com o suspeito e sua Carteira de Identidade.
Créditos da Foto: Polícia Militar
